Todas as pessoas, com boas oportunidades e condições de estudar, ao chegar na idade de conquistar seu espaço e se firmar como indivíduo, encontra de inicio alguma dificuldade para acessar e também para entender a estrada que lhe é mostrada para seguir seu destino.
Agora, vamos caminhar juntos com uma pessoa surda que pela primeira vez enfrenta entrevistas de emprego, toma as primeiras decisões.
Que mundo é esse? Na escola seria aprovado com nota 6, agora ali na dura realidade de vida, a busca é para obter a nota 10, caso contrário estará irremeidiavelmente fora.
Embora difundida a idéia de igualdade de oportunidades, não se costuma levar em conta as desigualdades de condições sociais. Equivocadamente se prega que a educação vai sanar todas as desigualdades.
SASSAKI1 apud MOTA, (2007) conceitua “Inclusão Social” como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Ele também explica que diferente da integração, a inclusão evidencia uma sociedade preparada para receber a pessoa que é diferente dos demais.
No Brasil a Lei nº 8.213/91, Art. 93, determina que: “A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência”, dentre essa parcela da sociedade fazem parte os surdos, que se comunicam através da língua de sinais, e a indagação aqui é como essa inclusão acontece, ao passo que os surdos são minoria linguística e a esse aspecto estão imbricados algumas diferenças seja na experienciação do mundo, seja no simples ato de estabelecer contato com o seu próximo.
Entende-se essa sociedade, hoje, ainda é incapaz de proporcionar a verdadeira inclusão seja no trabalho ou na formação, tendo em vista que são poucas as instituições entendem a diferença linguística e se organizam para desenvolver a comunicação com essas pessoas através da Língua Brasileira de Sinais – Libras, que hoje é oficialmente a segunda língua do Brasil utilizada pela comunidade surda brasileira.
Autora: Vânia de Aquino.